domingo, 29 de março de 2009

Eu e minha neutralidade

E aí...

- Fala mamão, filha. Ma-mão.
- Não, filha, fala pa-paia. Pa-paia.
- Ma-mão!
- Pa-paia! PA-PAAAIA!
- MA-MÃÃÃÃO!
- PA-PAAAIA!
- MA-MÃÃÃO! 

(continua por muitos minutos)


Mamãe e papai se esforçam, mas ela não fala nem um nem outro. Aliás, ela não fala, ponto (diplomacia é tudo!). Fica ali, mastigando com seu par de dentes e alternando cara de alegria com cara de nojinho. De longe, a pessoa mais madura da casa.



E nesse momento você deve estar se perguntando: Porque raios a Mariana posta esse texto aqui? Bom...
Depois dos últimos acontecimentos (leia-se brigas familiares) eu venho através deste afirmar a minha posição de neutralidade. Portanto na história acima eu sou a criança. Eu não - repito: NÃO! - me meto em brigas dos outros. 
Mas a minha neutralidade não tem dado muito certo :T. Alguém decidiu que eu tenho que tomar partido. 

Ainda assim, vou tentando manter a diplomacia. Afinal "Não existem vencedores numa guerra!". Tá, tá, menos. Beeem menos... Eu tinha que dramatizar um pouco a situação ;)

Kisses for everbody. Everbody! Mesmo que você ande brigando! Coisa feia, nanana...


segunda-feira, 23 de março de 2009

(des)Interessante

Sabe quando você lê algum livro, vê algum filme, ouve uma música, e saí espalhando por aí o quanto aquilo é lindo, inteligente, criativo e blábláblá... E no final ninguém acha tudo aquilo?

Eu tenho dois ótimos exemplos disso hoje :D

E eis o primeiro:

Fobias


As pessoas que defendem o pastoral e a volta ao primitivo nunca se lembram, nas suas rapsódias à vida rústica, dos insetos. Sempre que ouço alguém descrever, extasiado, as delícias de um acampamento — ah, dormir no chão, fazer fogo com gravetos e ir ao banheiro atrás do arbusto — me espanto um pouco mais com a variedade humana.

Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outros. Sou dos horrorizados com a privação deliberada. Muitas gerações contribuíram com seu sacrifício e seu engenho para que eu não precisasse fazer mais nada atrás do arbusto. Me sentiria um ingrato fazendo. E a verdade é que, mesmo para quem não tem os meus preconceitos, as delícias do primitivo nunca são exatamente como as descrevem. Aquela legendária casa à beira de uma praia escondida onde a civilização ainda não chegou, ou chegou mas foi corrida pelo vento, e onde tudo é bom e puro, não existe. E se existe, nunca é bem assim.

— Um paraíso! Não há nem um armazém por perto.

Quer dizer, não há acesso à aspirina, fósforos ou qualquer tipo de leitura salvo, talvez, metade de uma revista Cigarra de 1948, deixada pelos últimos ocupantes da casa quando foram carregados pelos mosquitos.

— A gente dorme ouvindo o barulho do mar...

E de animais terrestres e anfíbios tentando entrar na casa para morder o seu pé. E, se morder, você morre. O antibiótico mais próximo fica a 100 quilômetros e está com a data vencida.

Não. Fico na cidade. A máxima concessão que faço à vida natural, no verão, são as bermudas. E, assim mesmo, longas. Muito curtas e já é um começo de volta à selva.


***


Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pâníco de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses.

O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.

Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, ação, paixão, violência — e uma mensagem positiva. Recomendo "Gênesis" pelo ímpeto narrativo, "O cântico dos cânticos" pela poesia e "Isaías" e "João" pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.

Mas, e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.

— Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...

— Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga. Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.

— Infelizmente, não tenho nenhuma revista.

— Não é possível! O que você faz durante a noite?

— Tricô.

Uma esperança!

— Com manual?

— Não.

Danação.

— Você não tem nada para ler? Na bolsa, sei lá.

— Bem... Tem uma carta da mamãe.

— Manda!


Luis Fernando Ver!ssimo.


Meio que editado :$

E o segundo, é a Alice. Que Alice? Aquela Alice! A famosa... Do desenho:














Então, comecei a leitura no livro que peguei na biblioteca pública, mas como na página vinte e poucos (ou trinta e poucos, who knows?) aconteceu um enorme erro de impressão e o livro começa de novo, parei a leitura :P
Assim, baixei o livro, imprimi-lo hei, e o lerei. Inteiro :D


Mas fica a dica do livro ;)
E, sinceramente a tradução do que eu baixei é melhor. Quem quiser eu mando o arquivo.
E, sim, eu imagino que ninguém vá se interessar muito, ou achar tão legal quanto eu achei... Tanto a crônica quanto o livro... Fazer o quê...


:*


sexta-feira, 20 de março de 2009

Estavam reunidas, a Sininho, a Fiona e a Angelina Jolie na Disney, jogando conversa fora.

Aí a Sininho disse:
-
Eu sou a menor fadinha do mundo!

A Fiona revidou: 
- Sou a ogra mais feia do Planeta!

E a Angelina Jolie finalizou: 
- Sou a mulher mais linda, inteligente e maravilhosa do mundo!

Mas elas queriam que isso fosse comprovado! Pegaram o GuinessBook...

A Sininho abriu na página 873 e realmente estava lá: "Sininho, A Menor Fada Do Mundo". Todos ficaram impressionados.

A Fiona pegou o livro, abriu na página 585 e estava lá escrito: "
Fiona, A ogra mais feia do mundo". "Oh!" todos.

Por último, a Angelina Jolie pegou o livro, abriu na página 97. Depois de alguns minutos de silêncio e uma cara de fúria, (praticamente num ataque de nervos), ela gritou:

- Quem é Mariana????????












Modéstia à parte né gente, tô abafando :D
Hahahaha!

P.S.: Isso, obviamente, é uma brincadeira. Eu não me acho TANTO assim.